Pretende-se,neste blog, não só evidenciar a beleza que nos rodeia como, ainda,chamar a atenção para pormenores que, normalmente, passam despercebidos

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Longa e Feliz Vitória (Camélia Japónica)

Camélia Japónica, família Teaceae, de folhas perene, com origem no leste da Ásia, China, Japão, Indochina, chegou à Europa pela mão dos jesuítas. Na Península Ibérica só foram conhecidas após o séc. XIX. O seu nome surgiu de um padre jesuíta, Camellus.
Pertence à mesma família o conhecido chá preto (Camelliathea).  É um arbusto cuja altura pode variar de 2 a 6m; possui folhagem densa, escura e brilhante, que é bastante decorativa. As flores são grandes, solitárias e sem perfume, de coloração branca, rosa ou vermelha, com ou sem  pintas e manchas. Existem variedades simples, semi-dobradas e dobradas. Entre as preferidas estão a C. japonica 'Albaplena', com flores brancas dobradas, e a C. japonica 'Pink perfection’, com flores dobradas cor-de-rosa. Florescem no Outono-Inverno.
O óleo das suas sementes é usado como condicionador de cabelo, hidratante de pele e no Japão utilizam-no para tingir o cabelo. Como tem propriedades antioxidantes é também utilizado para cozinhar.
É o símbolo da longevidade, o vínculo do amor, do casamento, riqueza, vitória e felicidade.
Brown Eyes
Montanha

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Produtora de Energia (A Abelha)

Abelha, denominação comum de vários insectos, pertencentes à ordem Hymenoptera, da superfamília Apoidea, subgrupo Anthophila. O representante mais conhecido é a Apis mellifera, oriunda do Velho Mundo, criada em larga escala para a produção de mel, cera e própolis.
Os indivíduos adultos alimentam-se de néctar e são os mais importantes agentes de polinização.
Uma abelha visita dez flores por minuto em busca de pólen e de néctar. Faz, em média, quarenta voos diários, tocando em 40 mil flores. Com a língua, as abelhas recolhem o néctar do fundo de cada flor e guardam-no numa bolsa localizada na garganta. Depois voltam à colmeia e o néctar vai passando de abelha em abelha. Desse modo a água que ele contém se evapora, ele engrossa e se transforma em mel.
A abelha tem cinco olhos. São três pequenos no topo da cabeça e dois olhos compostos, maiores, na frente.
Uma abelha produz cinco gramas de mel por ano.
Uma colmeia abriga de 60 a 80 mil abelhas. Tem uma rainha, cerca de 400 zangões e milhares de operárias. Se nascem duas ou mais rainhas ao mesmo tempo, elas lutam até que uma morra. A abelha-rainha vive até 5 anos, enquanto as operárias vivem de 28 a 48 dias.
Só trabalham as abelhas fêmeas. Os machos podem entrar em qualquer colmeia ao contrário das fêmeas. A única missão dos machos é fecundar a rainha. A rainha voa o mais que pode e é fecundada pelo macho que conseguir ir até ela, esse voo chama-se voo nupcial. Depois de cumprirem essa missão, eles deixam de ser  aceites na colmeia. No fim do verão, ou quando existe pouco mel na colmeia, as operárias fecham a porta da colmeia e deixam os machos morrerem ao frio e à fome e trituram e expulsam os que ficarem.
O mel tem propriedades como: acção bactericida, anti-séptica, cicatrizante e também revigorante.
Além de açúcares (glicose e frutose), esse líquido viscoso, de cor marrom-amarelada, é composto por vitaminas do complexo B, C, D e E, minerais (cálcio, cobre, ferro, magnésio, fósforo e potássio, entre outros) e um teor considerável de antioxidantes (flavonóides e fenólicos).
O mel é um alimento altamente estável e energético. O sabor e a coloração variam mas, as propriedades terapêuticas estão presentes em qualquer tipo de mel puro.
Estudos mostram que ele é bom auxiliar no tratamento de doenças do coração, problemas pulmonares, de visão e até em tratamento de anemias.
Como contém alto teor de fibras solúveis, funciona como regulador intestinal e facilitador da digestão.
Brown Eyes
Montanha

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Amento do Salgueiro (Salgueiro-Branco)

Salix alba, salgueiro-branco, é  nativo de zonas temperadas, como o centro e o sul da Europa, o norte da África, o oeste asiático e a América do Norte. Necessita estar em locais húmidos e não resiste às temperaturas extremas. É uma árvore caducifólia (perde as folhas no inverno), chega a atingir de 20 a 30 metros de altura. O nome deriva das folhas, que são mais claras que a maioria dos salgueiros, devido a uma cobertura muito fina acetinada, prateada na sua parte inferior, com  5 a 10 centímetros de comprimento e de um  centímetro e meio de largura. Os rebentos dessa espécie vão da cor cinzento-castanho ao verde-escuro. As flores são dióicas (os sexos estão separados em indivíduos diferentes), chamados de amentos (o da foto é masculino), em racemos (cachos), produzidos no início da primavera e polinizados por abelhas.
Hipócrates (pai da medicina),escreveu no século V a.C. sobre um pó amargo extraído da casca do salgueiro que poderia aliviar dores e reduzir a febre. Este remédio é também mencionado em textos do Antigo Egipto, Suméria e Assíria. Os índios nativos americanos usavam-na para combater a dor-de-cabeça, febre, dores musculares, reumatismo e calafrios.
O extrato ativo da casca, chamado salicina, devido ao nome em latim para o salgueiro-branco (Salix alba), foi isolado em sua forma cristalina em 1828 por Henri Leroux, um farmacêutico francês, e Raffaele Piria, um químico italiano, que, em seguida, conseguiu isolar o ácido em seu estado puro. A salicina, como a aspirina, é um derivado químico do ácido salicílico.
Com ele são  feitas as famosas varas para procurar os lençóis de água subterrâneos.
Na culinária, os rebentos (brotos) do salgueiro são comestíveis, além de serem uma boa fonte de vitamina C. Pode ser comido cru, mas geralmente é ingerido seco em forma de farinha. As folhas jovens do Salgueiro também são comestíveis e usadas como forragem para o gado.
Brown Eyes

Montanha

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A Brisa Revitalizante (Água do Mar)

Praia das Catedrais, Ribadeo, Espanha
Rica em cálcio, ferro, magnésio, sódio, zinco e cobre, entre outros, são cerca de oitenta os elementos que possui, a água do mar é remineralizante, revitalizante, anti-infecciosa, anti-stress e analgésica. O sal é um esfoliante natural e favorece o rejuvenescimento celular. As algas, esponjas, pepinos do mar, moluscos, ouriços-do-mar, vermes marinhos, corais, ostras, bactérias marinhas, lesmas-do-mar, são alguns dos muitos organismos vivos com propriedades terapêuticas.
A brisa marinha combate a fadiga e ajuda na convalescença de algumas doenças, há excepções, a tuberculose, por exemplo.  
Na Antiguidade os poderes da água do mar eram bem conhecidos e usados. No Ocidente, só na época da Primeira Guerra Mundial é que os banhos de mar deixaram de estar reservados à aristocracia e a ser encarados como locais de cura, descanso e relaxamento. 
Brown Eyes
Montanha

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Os Sistemas a Galope (Cavaloterapia)

A medicina tem descoberto que a interacção entre Homem/Animal traz benefícios para a saúde humana: diminui o stress, a pressão arterial e diminui os problemas cardíacos. A relação entre o homem e o cavalo não é excepção. A depressão, ansiedade, stress pós traumático, nervosismo, fobias e dificuldades de aprendizagem diminuem em grande parte com a Equoterapia ou Cavaloterapia.
A combinação de deslocamentos quando se monta o cavalo (movimento para frente e para trás, para a direita e esquerda, para cima e para baixo) estimula o sistema nervoso profundo, sistema esse que é responsável pelas nossas noções de equilíbrio, distância e lateralidade e  estimula, ainda, os sistemas respiratórios e cardiovasculares, contribuindo assim para uma melhor oxigenação do nosso organismo. Pode-se dizer que, o simples andar do animal coloca todo nosso corpo a trabalhar, incluindo músculos e articulações alheado ao contacto com a natureza que, por si só, nos proporciona momentos de relaxamento, bem-estar e uma incrível sensação de liberdade, aumentando a confiança e a auto estima.
(O Quick e o Boneco são os novos habitantes do nosso paraíso)
Brown Eyes
Montanha

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Pataniscas Douradas (A Abóbora)

A Abóbora, fruto da aboboreira, Cucurbita spp., planta hortícola, rasteira,  da família das cucurbitáceas, tal como a melancia, o melão, o chuchu (fruto existente nas Ilhas e muito abundante na Ilha da Madeira) e o pepino. Originária da América, era parte substancial da base da alimentação das civilizações Olmeca, que posteriormente foi absorvida pelas civilizações Asteca, Inca e Maia.
A abóbora é rica em vitamina A que também fornece vitaminas do complexo B, cálcio e fósforo, e possui poucas calorias, é de fácil digestão.
O suco extraído das flores é bom para o estômago (estomáquico), sendo também usado, externamente, para dor de ouvido.
As suas folhas e flores pisadas (amassadas, espremidas, socadas - até virar uma pasta) são usadas em fricções para tratar a erisipela, uma inflamação aguda da pele que provoca seu enrubescimento.
As suas sementes, fonte de ferro e fósforo e ricas em potássio, magnésio e zinco,  são vermífugas (contra vermes), mas de efeito lento. Usar as sementes trituradas em forma de suco contra a febre e inflamações das vias urinárias.
A polpa, cozida, actua como emoliente (que alivia as dores de uma superfície interna e irritada). 
A sua flor é utilizada para elaborar deliciosos pratos. Experimentem as "pataniscas com flor de abóbora". Bom apetite.
Brown Eyes
Montanha

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Pão dos Pobres (Batateira)

Batateira ou Semilha (Arquipélago da Madeira), (Solanum tuberosum), é um vegetal perene da família das solanáceas, conhecida na Europa no século XVI, trazida pelos Espanhóis das colónias da América do Sul de onde é originária, cultivada em todo o mundo pelos seus tubérculos comestíveis. Foi, primeiramente, o aspecto decorativo das suas flores que cativaram os Europeus sendo o seu tubérculo olhado desconfiadamente e utilizado, apenas, para alimentar o gado. No entanto, numa altura de fome, começaram a experimentá-lo na sua alimentação. Actualmente há mais de três mil variedades de batata.
Este alimento é muito versátil, verdadeiro “Pão dos Pobres”, rico em amido (fécula), vitaminas e sais minerais, com o potássio à cabeça (de 250 a 500 mg por cada 100 g). Tratando-se de uma solanácea vivaz todas as partes verdes da planta são tóxicas, sendo o fruto, (pequena baga arredondada) a parte mais venenosa.
A melhor maneira de consumir a batata é através da cozedura a vapor ou assada. Deve ser comida com casca, dado que é na pele e na periferia do tubérculo que se encontram os sais minerais e as vitaminas. Contudo, a fervura faz com que perca uma boa parte das vitaminas, pelo que há quem recomende ralá-la em cru, misturando-a, a seguir, nas sopas. Convém extirpar sempre as partes verdes e os “olhos”, ou seja, os pontos onde irão brotar os grelos, porque é aí que se concentra a solanina (alcalóide).
Na saúde ela tem várias utilidades. Cozida é dos melhores remédios para combater a acidez estomacal, dado que alcaliniza o organismo. Excelente, também, para ao ácido úrico e  todas as formas de artritismo. Comida crua evita o escorbuto, afasta os parasitas intestinais e cura as úlceras do estômago. A água da cozedura da batata é boa para as queimaduras da pele, gretas e furúnculos. Cataplasmas de batata crua, ou simplesmente cortada às rodelas, aliviam extraordinariamente as dores de cabeça e enxaquecas e diminuem os inchaços. Finalmente, o suco cru está indicado para gastrites, úlceras gástricas e duodenais, dispepsias, litíase biliar e prisão do ventre.
Brown Eyes
Montanha

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Cândido Guarda-sol (Pinheiro-Manso)

O pinheiro-manso (Pinus pinea) é uma espécie de pinheiro originária do Velho Mundo, mais precisamente da região do Mediterrâneo. Desde a pré-história que esta árvore é aproveitada como fonte de alimento, devido aos pinhões (frutifica a partir dos 15 a 20 anos)  que produz, sendo uma espécie bastante disseminada.
Vive cerca de 250 anos e pode exceder os 78 metros de altura, embora normalmente seja de menor dimensão - entre 12 e 25 metros. Possui copa densa, ampla, arredondada, em forma de guarda-sol, com o tronco curto e largo, culminando numa copa bastante plana.
Folhas persistentes, acículares (em forma de agulhas),  contendo canais resiníferos marginais, agrupadas aos pares com 10 a 18 cm de comprimento e 1.5-2 mm de largura, ligeiramente torcidas, agudas, encurvadas em goteira, flexíveis, luzidias, de cor verde-acinzentadas. Persistem três a quatro anos.
Floração monóica (flores masculinas e femininas reunidas num mesmo pé): As flores masculinas  estão dispostas em inflorescências amarelas com forma de espiga na base dos raminhos do ano; As flores femininas, verdes, erguidas sobre curto pedúnculo, dispostas em inflorescências na extremidade do rebento anual. A floração ocorre de Março a Maio, enquanto que a maturação das pinhas dá-se três anos mais tarde.
O interesse económico dos extensos pinhais reside no aproveitamento do pinhão e da madeira. Protege os solos arenosos  fixando as dunas. É resistente à poluição urbana. 
Brown Eyes
Montanha